segunda-feira, 21 de março de 2011

Coisas que amamos

Não sei você, mas eu amo água com gás. De preferência, com gelo e limão - espremidinho, só o sumo. Às vezes, dispenso o gelo. Às vezes, o limão.

Eu amo palmito, amo azeitona.
Risoto. Massa, qualquer uma. Tomate seco, rúcula, muçarela de búfala, queijo minas, manteiga de garrafa, pimentas, alho, cebola, sal. Comida árabe, comida italiana, comida mexicana, comida mineira, comida goiana.

Catar amora, jabuticaba, goiaba e manga no pé.

Rever um filme que eu gosto várias vezes.
Roupa de cama nova, recém-lavada.

Tatuagens.

Maquiagem. Roupas, sapatos, bolsas, acessórios. Relógio.

Ir ao salão, fazer as unhas, fazer a sobrancelha. Fazer uma bela massagem num spa urbano. Cortar/pintar/hidratar o cabelo. Acupuntura.

Shopping vazio. Cinema vazio.

Café. Um bom café. Biscoito de queijo. Pode ser pão de queijo também.

Almoço de sábado. Feijoada.

Sol, mar, praia, piscina. Cheiro de Sundown.

Papelaria, farmácia, livraria, banca de revista.
Começar a ler um livro. Ler o livro. Terminar de ler o livro. Comprar livros.

Aprender uma língua. Exercitar a língua ;)

Ser bem tratada pelo peguete/namorado/noivo/marido.

Ouvir jazz, blues, bossa nova, Norah Jones.

Um dia na semana só seu. Ou uma noite na semana só sua. Para ler, desenhar, pintar, ver um filme, ver TV, simplesmente ficar sozinha com você mesma.

Ficar na cama até tarde.

Perceber que emagreceu.

Elogios sinceros.

Cerveja, vinho, tequila. Barzinho. Comida de barzinho.

Conhecer lugares novos. Ser bem tratada em lugares antigos e novos. Ficar amiga do garçom.

Morrer de rir no teatro. Esperar uma encomenda e ela chegar pelo correio.

Comprar móveis, decorar um cantinho.

Tirar fotos e depois ver como ficaram.

Arrumar o armário, tirar toneladas de roupas que você não usa mais e doar. Ou vender. Ou trocar.

Eu amo tomar banho com o sabonete de uva ou de açaí da Natura. O cheiro é maravilhoso.

Experimentar um xampu novo, comprar um perfume novo, tomar banho antes de dormir, tomar banho depois da praia.

E você? O que você ama?

sexta-feira, 18 de março de 2011

Cassolos

Alguém que não gosta de cachorro não pode ser uma boa pessoa.
Alguém que não tem paciência com os bichinhos também não pode ser levado a sério.

Cachorros são a criaturinha mais perfeita criada por Deus. Não os homens, os cachorros.

Cachorro não te sacaneia, não te chifra, não te trai, não fala mal de você, não rouba suas senhas do cartão de crédito nem pega dinheiro da sua carteira sem te avisar. Não dirige seu carro e deixa o tanque na reserva.

Melhor do que isso: cachorro fica do seu lado, deitado na sua cama, quando você está doente. É o único que te recebe na porta. Quando eu faço compras no mercado e preciso tirar as sacolas (ecológicas) de dentro do carro, meu cachorro não me ajuda a carregar, óbvio. Mas pula no porta-malas e faz todo o trajeto garagem-cozinha-garagem comigo.

Além de tudo, são lindos. Mesmo os cachorros mais feios, aqueles que ganham concurso de feiúra, são lindos. São fofos. Criaturinhas em quatro patas com aquela carinha de sapeca. Com aquela língua pra fora e aquele olhar pidão. Sentados, pulando, deitados, correndo, nadando, em pé. Cachorro é tudo de bom, como diz uma propaganda aí.

A raça humana é imbecil. Os humanos usam a sua super inteligência pra criar tudo o que há de ruim e egoísta nesse planeta. Os humanos deixam a luz do quarto acesa, mesmo que o cômodo esteja vazio. Humanos são preguiçosos e folgados, alguns sequer são capazes de deixar o prato sujo na pia depois de almoçar. Homens criam propagandas ruins, músicas ruins, filmes ruins.

Aí eu não entendo por que não há punições severas - nem divinas! - para aqueles imbecis que maltratam animais, cachorros em especial. Tem um programa no Animal Planet - canal 69 da Net - chamado "Animais em Risco", onde uma patrulha da polícia investiga SOMENTE casos de abandono, crueldade e negligência com animais. A cada caso, os culpados pelos maus tratos são multados e até presos! O máximo!

O programa inteiro é muito triste - cães, gatos, galinhas e até cavalos são encontrados nas piores situações possíveis de abandono. Sem água, sem comida, por vários dias, presos em cubículos, machucados, semi-mortos.

Mas o final é sempre feliz. Os animais são reabilitados nas clínicas do governo e colocados para adoção. Uma família linda e feliz - ou uma fazenda, dependendo do animal - adota o bichinho e todos saem ganhando.  Sempre choro nesses programas.

Sempre choro em outras situações, como ao ver um animalzinho atropelado na rua ou ver os pobrezinhos abandonados. Infelizmente, não tenho autonomia em casa para acolher o bichinho até que ele seja adotado. Se eu começasse a levar cachorros de rua para casa, minha mãe comeria meu... baço. Com farofa. Mas um dia, quem sabe...

P.S.: cassolo é a minha forma fofa de falar cachorro.

quinta-feira, 17 de março de 2011

I heart make up ou a eterna busca pelo rímel perfeito


Eu amo maquiagem - como 154% das mulheres que conheço. Mas ontem à noite passei por aquele momento sublime experimentado por 11 entre 10 mulheres que compram maquiagem remotamente: recebi a sacolinha da Avon.


A mulherada que compra maquiagem Avon/Natura/Jequiti... Pô, Jequiti? Enfim, quem compra cosméticos pela revistinha tem orgasmos múltiplos quando a sacolinha finalmente chega (junto com a notinha para pagamento, mas os itens dentro da sacola rapidamente nos fazem esquecer desse pequeno inconveniente).

Comprar maquiagem pelas revistinhas Avon/Natura/(tá, vai) Jequiti tem todo um ritual. Quando as revistinhas chegam, acho que meus olhos brilham de tanta emoção. Começa assim: primeiro a gente folheia, passa página por página vendo o que tem de mais legal. Depois, volta tudo e, munida de uma caneta, a gente puxa uma seta ao lado do produto que gostou e escreve o nome da cliente (cara, é a parte mais legal). Por fim, a gente dá mais última olhada pra ver se não tem mais alguma coisinha que queira comprar.

Depois desse ritual, a espera. É que aquilo demora TANTO pra chegar que eu, pelo menos, esqueço que pedi e o que pedi. Quando os produtos finalmente chegam, o efeito é quase como o de uma festa surpresa, receber flores, chegar no carro e encontrar um bilhetinho no parabrisas - que não seja multa, obviamente.

O inconveniente é um só: você nunca sabe se aquilo que comprou vai funcionar na sua pele. Numa das últimas vezes, comprei um conjunto de sombras que não deu muito certo. A impressão que eu tive é que estava passando giz rosa no olho – aquela merda não fica colorida de jeito nenhum!

Ontem passei por essa decepção. Há meses procuro pelo rímel perfeito, aquele que não escorre, não borra, não te deixa com cara de Mortícia Adams ao longo do dia. O meu era essa catástrofe. Me deixava com um risco preto debaixo dos olhos. Um horror.

Munida de muita esperança, pedi um rímel novo da Avon (há um mês, claro), e eis que fui testa-lo hoje. O trem tem pó de ouro e tudo o mais – mas eu acho que é só purpurina, mesmo. UMA DROGA! O pincel é tosco, o rímel é cinza, e não preto (eu pedi o preto!), tive que passar oitenta vezes para conseguir um mínimo de efeito!

Enfim, aqui fica o apelo: meninas, quem conhecer um rímel bacana, favor me avisar. Estou perdendo a fé na humanidade.

Eu falo palavrão

Mulheres que nunca ouviram, na infância, algum adulto dizer que é feio menina falar palavrão que atire a primeira pedra.

Com crianças acho que esse tipo de censura é aceitável. Afinal, ninguém quer que seu filho saia soltando caralhos e porras por aí nem xingando a professora de filha da puta.

Mas, e quando a gente cresce? Por que alguns homens, e também algumas mulheres, insistem em colocar essas amarras e, PRINCIPALMENTE, censurar quem escolhe "ser menos feminina" e soltar uns palavrões?

Uma das minhas melhores amigas fala palavrão. Hoje mesmo, reparei que ela me enviou uma mensagem que começava assim: "porra, tá foda". E é uma das pessoas mais femininas que conheço. E daí se ela quer soltar um palavrão em vez de um "oh, puxa, que droga"?

Falo palavrão, e falo mesmo. Com gosto, com vontade. Às vezes, sem perceber. Já incorporei. É claro que não saio falando palavrão a torto e a direito, com qualquer um, em qualquer situação. Mas, se estou me sentindo à vontade, numa ocasião informal, tenho que me conter porque alguns puritanos não conseguem aceitar que uma mulher possa falar palavrão? E nem adianta fazer cara feia: pra mim, cara feia não é fome, é feiúra, mesmo.

Não há quem possa me convencer a parar de falar meus palavrões diários. Não vou me conter quando um cara me der uma fechada no trânsito. Vou soltar um "porra, que filho da puta" em vez de um "oh, puxa, este senhor foi um desatento, mesmo". Já tenho muito o que guardar e prender esse tipo de impulso só vai agravar minha futura úlcera.

São poucas, mas marcantes, as mulheres que conheço que têm o hábito de falar palavrão e não se envergonham disso. É claro que não quero que todo mundo saia por aí se xingando. Além do mais, tem gente que simplesmente não combina com o palavrão. Ele faz parte do estilo e do caráter da pessoa. Você jamais vai ver a Sandy falando um palavrão. Por que? Porque ela é a Sandy, e gente que parece com a Sandy não tem perfil pra falar palavrão. Esse tipo de gente mancha a imagem do palavrão com sua pretensa pureza, fica forçado, fica feio. Gente assim deveria ser multada por falar palavrão.

Post dedicado a todas as garotas de fibra, coragem, salto alto, personalidade e maquiagem que têm coragem de falar palavrão.