quarta-feira, 27 de abril de 2011

O que os homens realmente fazem na academia

Eu nunca gostei muito de academia. Mentira, nunca gostei nem um pouco de academia. Malhar, levantar peso, suar, isso nunca foi comigo. Mas, conforme a idade foi chegando, comecei a me conscientizar da importância disso pra vida, me matriculei num plano semestral e tento ir com certa regularidade. Mentira, foi porque comecei a engordar.

Justamente por isso nunca entendi o que os homens tanto fazem dentro das academias. Por que gostam tanto de ir. Quando eu vou, nunca fico mais que duas horas - isso quando tomo banho na academia. Pra mim, é cumprir tabela. Vou, faço o que tenho que fazer, e vou embora. Mas ontem à noite, numa das minhas raras aparições no ambiente sarado de uma academia, percebi que os homens só frequentam o espaço por quatro motivos:

1. Conversar com "os bróder" - pode reparar: um homem nunca está sozinho em uma academia. Ao chegar, ele sempre cumprimenta todos os instrutores e, pelo menos, três ou quatro "bróder" que estão ali também. Note que nenhum deles nunca está malhando: eles estão sempre andando para lá e para cá na academia, entre os aparelhos, usando aqueles protetores nas mãos para não formar calos, com cara de "putamerda, peguei peso pra caralho, tô me recuperando", e, disfarçadamente, se olhando no espelho. Isso, claro, quando estão sozinhos. Quando se juntam com os demais "bróder", falam mais que arara baleada. Conversa que gira em torno de assuntos como mulher, carro, tretas da "facul", mulher, balada, "churras do Digão", futebol, mulher. Conversas, claro, sempre em volume muito alto, com risadas mais altas, e palavrões ditos ainda mais alto. Em rodinhas, onde eles nunca ficam parados - andam de um lado para outro. De preferência, ao lado de algum espelho.

2. Zoar "os bróder" - os tópicos das conversas variam, mas este é recorrente: homens querem ser mais fortes que "os bróder". Por isso, ficam desafiando uns aos outros a "zerar" tal aparelho - quando você consegue levantar todo o peso disponível naquele aparelho. Não sei qual é a graça disso. O máximo que acontece é distender um músculo. Se o "bróder" não consegue, ele é chamado de "frango filho da puta" para baixo. E todos os 16 machos ao redor riem. Muito. Quando consegue, o cara sai chorando. Provavelmente porque arrebentou algum músculo.

3. Ver "os bróder" malharem - uma roda de 16 machos se reúne em torno do aparelho vendo um dos "bróder" malhar e fazer aquela cara feia.

4. Peidar Whey Protein - essa desgraça desse Why Protein é a pior coisa já inventada na face da Terra. É tipo um suplemento alimentar que vem em pó e tem cheiro de peido. Daí o povo leva o pó dentro da garrafinha pra academia e, lá, mistura com água e fica tomando esse negócio durante todo o treino. Pra piorar, esse negócio fica maturando, vinagrando, fermentando dentro do caboclo. Invariavelmente, o cara vai peidar. E acredite: vai ser perto de você.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O amor é cego, brega e... analfabeto

Ah, o amor. Que sentimento mais lindo, altruísta, mais gostoso. É tão bom amar alguém e ser amado. Passar uma tarde gostosa com o namorado, fazendo absolutamente nada, apenas curtindo a presença do outro. Compartilhar momentos, planos, sonhos. Ah, o amor.

Todo mundo concorda que, além de lindo, o amor é cego. Quando amamos, a gente releva aquela espinha horrorosa que nasceu bem no meio do nariz da pessoa amada e deixou ela com cara de rena Rudolph. A gente tenta ignorar (e corrigir, claro) vários defeitos, como deixar a tampa do vaso levantada ou deixar o carro engatado sempre que estacionar.

O amor também é brega. Os casais (EU NÃO, é bom deixar claro) adotam uma língua quase intrauterina para conversarem. "Ah, qui coizita maisi pititica di namolada! Coiziquinha maisi amolosa, ti neném maisi linduxo!", sem contar os conhecidos e batidos apelidos: mozão, mozim, pititico, pixuca, e outras bizarrices que somente podem ter saído das mentes poluídas e perigosas de pessoas enamoradas.

Pois bem. Até aí, o amor é inofensivo. O problema é quando ele quer ser proativo. Aí, não dá. Espalhar faixas dizendo "Tchutchuquinha, te amo. Beijos, Tchutchuquinho" é pedir para terminar - comigo, pelo menos. O problema é quando o amor, além de cego e brega, é analfabeto.

As fotos a seguir foram tiradas na volta de um jantar com o meu namorado, no sábado à noite, a caminho da casa dele. Começamos rindo, mas acabamos tirando fotos. Confira por que:


Tá, ok, sou contra esse fotobook Fujioka e tenho muito preconceito


Essa foi um dos ápices do brega.


Essa também não fica atrás


Cafooooooooooooona!


Não, não, ESSA é o ápice do brega


Princesa? Jura?


A mais normal


Fechou com chave de ouro, campeão

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Por que eu odeio as segundas-feiras

Existem coisas que são quase unanimidades. Tipo chocolate. É bem difícil encontrar alguém que não morra por um - apesar de a pessoa que vos fala ser uma dessas alienígenas, na visão de alguns, que não curte doce. Mas o ódio às segundas-feiras é totalmente unânime. Duvido que alguém conheça um ser que diga "nossa, eu adoro uma segunda-feira!". Se existir, esse, sim, é de outro planeta.

Acontece que eu odeio MUITO as segundas-feiras. Acho que tudo pode ser explicado pela minha ansiedade monstra, que se expressa em vários pequenos motivos que me fazem odiar esse dia da semana e o transformam em uma sequência interminável de 24 horas. Tipo, chega o Natal, mas não acaba a segunda-feira, entende?

O domingo pode até ser considerado o primeiro dia da semana, mas é na segunda que tudo começa de fato. Sair da letargia do fim de semana, do bem-bom, da companhia de quem se gosta para voltar ao mundo real. Eu, por exemplo, preciso pegar no tranco. O dia em que eu conseguir acordar cedo na segunda-feira para ir à academia, como faço nos demais dias da semana, vai chover canivete. Eu até marco consulta às segundas, às 8h, mas conseguir ir já são outros 500. A segunda, geralmente, é aquele dia que eu já acordo pensando em dormir à noite. Não pelo sono ou pelo cansaço, mas pela vontade daquele dia acabar logo!

Nos outros dias da semana, sempre tem um animado a sair de casa, ir num barzinho, se encontrar, jantar, animar, retomar a rotina - esta, sim, é uma boa rotina - chacoalhar o saco, como diz o meu pai. Na segunda, ninguém tá animado. Você já saiu de casa numa segunda à noite? Já reparou que não tem NINGUÉM na rua, nem uma alma viva sequer, passando depois das 23h30? Não sei se isso mudou, mas, até bem pouco tempo atrás, o Detran não fazia blitz nas segundas à noite, acho que por conta do baixo movimento. No fim, a segunda-feira é um dia muito igual. Nada acontece de legal, não há expectativas de algo legal. Uma surpresa, um encontro no fim do dia, uma saída, um jantar, um cinema.

Sem contar que a segunda-feira é o dia mundial da dieta. Sim, meu caro amigo gordinho como eu. Mais um motivo para a gente fazer vodu no calendário. Ninguém quer te acompanhar numa saída mais light pra um jantarzinho honesto e também não tem nada com menos de 800 calorias na geladeira. Eu só penso em pão, macarrão, sanduíche, arroz, feijão, batata. Salada-com-grelhado só aumenta minha irritação e o buraco no meu estômago.

A segunda é um dia MUITO irritante. Além de encontrar todo mundo com cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança, tem sempre um cretino fazendo alguma piada. A segunda-feira podia ser tipo a quarta-feira de Cinzas: trabalho, só depois do almoço. Pelo menos dá tempo de acostumar com a ideia. Não,  não dá pra fazer isso durante o domingo: domingo é dia de curtir ressaca.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Quanta bobagem

Gente, é muita bobagem que recebemos por e-mail, misericórdia. Pior que a gente só recebe essas bobagens porque tem gente que acredita e envia, achando que está prestando um grande serviço à sua lista de amigos/e-mails. O bom samaritano até dorme melhor, com a consciência tranquila, depois de enviar aquele e-mail "utilidade pública".

Um deles é o que diz que se você estiver numa situação de perigo, como num sequestro-relâmpago, e o bandido te levar até o caixa eletrônico, basta você digitar sua senha ao contrário que a polícia é acionada. Balela, filha. Até a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) desmentiu essa bobagem ontem. A melhor maneira de se sair bem de um sequestro-relâmpago é fazer como eu: seja tão dura que você jamais tenha dinheiro na conta. O sequestrador-ladrão vai ficar com pena de você e até te dar uns trocados do roubo anterior.

Outra bobagem é a do espelho/vidro. ATENÇÃO! Se, por acaso, você for a um motel de quinta categoria na hora do almoço com o amante, pare imediatamente a fudelância para conferir se o espelho no teto é realmente um espelho. Para isso, você tem que encostar seu dedo lindo naquele espelho duvidoso: se houver uma distância entre o seu dedinho e a imagem dele projetada, você está segura, pode voltar pro rala-e-rola. Agora, se o dedo encostar na imagem, PARA TUDO QUE ESSA PORRA É UM VIDRO E, POR TRÁS DELE, TEM UM MILHÃO DE CÂMERAS PRONTAS A FLAGRAR TODOS OS MEUS TÓRRIDOS MOMENTOS!

Agora, a gente para e discute as possibilidades: imagine que, na pior das hipóteses, tem mesmo uma câmera atrás do vidro. Imagina a grana que você vai ganhar processando o motel, o YouTube, o Google e o autor do filme. Imagine a Playboy te chamando pra posar nua por conta desse seu corpo escultural, as Brasileirinhas te oferecendo um contrato milionário vitalício, todas as escolas de samba do Rio de Janeiro disputando o seu passe para ser madrinha/rainha/musa de bateria. Todos os passes grátis e convites para camarotes e para festas! Amiga, pense nas possibilidades!

Tem o clássico "não aceite nada de estranhos porque você pode acordar numa banheira de gelo com uma cicatriz e um bilhete 'levei seu rim para passear, não sei se volto'". Gente, todas nós sabemos do golpe "boa noite, Cinderela" (nome estranho porque, nos desenhos animados, quem dorme é a Bela Adormecida), realmente acontece, é perigoso. Como nossa mãe dizia: "não aceite doces de estranhos", não é recomendável que a gente tire o olho do copo na balada. E nem a mão. Mas daí a acreditar no outro e-mail que diz que colocaram um negócio chamado "tesão de vaca" no copo da mulher e ela morreu entalada com uma marcha de caminhão, não dá.

Ah, tem também aquele novo golpe dos ladrões. Eles colocam um papel no parabrisas do vidro traseiro do seu carro, esperam você sair pra tirar (afinal, é MUITO mais fácil fazer isso do que acionar o parabrisas até o famigerado papel cair) para te ATACAR! HUA HUA HUA!

O pior de todos, pra mim, é aquele que aterroriza os pobres incautos que gostam de ir ao cinema - não é o meu caso. O coitado, azarado, entre 154 poltronas, escolhe justamente aquela que tem uma agulha infectada com o vírus HIV! Puxa vida! Que azar!

No final das contas, eu prefiro correr o risco de rapelarem a minha conta bancária, de pegar aids no cinema, de acordar sem um rim na banheira ou ter um vídeo de sexo selvagem meu na internet do que me deparar, todo santo dia, com um e-mail tonto desse na minha caixa de entrada. Beijos.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Tem gente que merece morrer

Sim, tem gente que merece morrer. Não tô falando de assassinos, estupradores, ladrões. Esses também. Mas meu ódio está direcionado a outro tipo de gente que merece morrer. Podemos definir essas "pessoas" como os "Folgados".

O Folgado é aquele que está à margem da convenção social. É o cara (ou a mulher, mas é que cara é mais legal de falar) que acha que só existe ele no mundo. O pior é que tem muito Folgado que anda em bando. É aquele casal de Folgados, por exemplo, que dá as mãos para andar no shopping e, enquanto ela olha as vitrines à esquerda, ele olha as da direita, impedindo que qualquer ser humano normal, que paga seus impostos, atravesse o corredor. Claro, afinal o Folgado COMPROU A PORRA DO SHOPPING E FECHOU SÓ PRA ELE. Desgraçado.

O Folgado que empaca na sua frente. Seja de carro, seja a pé. Folgado E curioso em acidente, que nunca viu uma porra de uma lanterna quebrada e passa quase a 5 km/h engarrafando a ponte. Só porque ele quer ver a desgraça alheia. Gente cuja vida é tão sem graça que se refestela na desgraça alheia. Palhaço.

O Folgado dá palpite na sua vida sem saber seu nome. Acha que você fez um mau negócio comprando um carro novo porque ele está com o mesmo Gol 1997 que faz 16 km/l e "carro só serve pra te levar de um lugar pra outro, não precisa ser bonito". A carroça do maldito tá mais batida que carro de bate-bate e ele "acha desperdício" gastar dinheiro num carro novo. "Vai bater de novo!". Além de Folgado, é chato, inconveniente. O dinheiro é meu, comprei, sim, um carro novo, e se você fosse tão bom de negócio assim, você era o Silvio Santos. Ou aquele cara que conseguiu trocar, pela internet, um clips de papel vermelho por uma casa. Não fode, vai.

O Folgado é aquele que não sabe seu nome, não te dá bom dia, mas só vem falar com você pra pedir favor. Ou pra perguntar o que significa o número 29 que você tem tatuado no pulso. FODA-SE! Pensei em fazer como os surdinhos que vendem canetas nos bares que andam com um bolo de bilhetinhos, dizendo "Oi, eu sou surdo, tô vendendo isso aqui". Mas percebi que essas pessoas não merecem o esforço. Então eu digo que é a quantidade de vezes que um imbecil perguntou o significado. Ou o tempo em anos que fiquei presa por matar o primeiro idiota que perguntou. Não cansa a minha beleza.

O Folgado também é aquele que joga lixo pela janela do carro. CARALHO, SEU PORCO! Sua casa deve ser um chiqueiro, que nojo de você! Aposto que você come meleca do nariz, come iogurte, lambe a colher e coloca de volta na gaveta e anda pela casa chutando bagaços de laranja, sacos de pão e latinhas de cerveja. Depois, o tapado coloca a culpa no governo porque a rua alagou. "Ah, mas foi só um papelzinho de Trident". Animal, vou jogar esse papelzinho de Trident nesse seu cofrinho cabeludo. Apa. Apaputaquepariu.

Gente Folgada acha que tudo o que diz respeito a si mesmo é importante o suficiente para ser tuitado. "Sou uma à-toa que não faz nada da vida e agora vou dormir porque o sono pós-almoço bateu, apesar de eu só ter acordado para almoçar. Beijuxxxxxxxxxx". Seja útil, já que você não pode ser agradável, e vá lavar a louça do almoço para ajudar a pobre da sua mãe, que se soubesse que você sairia assim, teria criado, registrado e batizado a placenta e jogado o menino fora. Babaca.

O bosta do Folgado deixa o celular no volume mais-alto-do-mundo-que-os-mineiros-do-Chile-conseguem-escutar-modo-estoura-tímpanos e o toque é "Vou não, quero não, posso não, minha mulher não deixa não"... E SAI DA SALA. Por que, meu Deus, você acha que eu sou obrigada a aguentar o seu mau gosto musical e conviver com o seu problema de surdez? Já experimentou passar cotonete no ouvido? Seu porco! O que você tem contra o velho e bom "trim-trim"? Bota essa porra pra vibrar e enfia no cu!

Gente Folgada e Burra é ainda pior. "Ai, jente, oje estou com enchaqueca! Que tixtiiiiiiiiiiii :( axu ki foi o almosso ki não me feix beim". MORRE, SUA ANTA! VAI SER ALFABETIZAR! SAI DA LAN HOUSE E VAI ESTUDAR! PARA DE PENSAR NO JUSTIN BIEBER, NA FAMÍLIA RESTART, NO NX ZERO, NA PUTA QUE TE PARIU! VAI SE ALFABETIZAR! E não fode a minha paciência!

Sim, estou amarga, e daí?