quinta-feira, 31 de maio de 2012

De quem a gente escolhe sentir saudade

Nada será se não for
Pelo potencial da dor ou do amor
Pela ilusões, incertezas, esperanças, garantias, alegrias
Quem garante, afinal, que o que puder ser será
Senão o coração querer - ou não
Dar um basta no amor, ou na dor, ou no amor
Quem dirá, afinal, que feliz é quem não diz o que sente
Percebe por um instante que a felicidade traz consigo a responsabilidade de para sempre ser feliz
E que a companhia muda da dor se faz ouvir no instante em que se está só, e que se sente só
Que não há palavras para alentar um peito angustiado
Que nunca deixa de doer
E o tempo, esse amigo-vilão incompreendido, é compreensível que se faça presente
E que pese, que a dor aumente
Ou que o amor aumente
De quem a gente escolhe sentir saudade?
E suspirar e pensar e planejar e amar e apoiar e odiar
De chorar, escrever, admirar, pensar
De perder o sono, a razão, a vontade
De quem a gente escolhe sentir saudade.

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